Verão é tempo de praia, Sol, piscina, caminhada ao ar livre, Sol, prática de esportes, tomar sorvete, mais Sol e muito mais. No verão carioca, desumano em alguns dias, parece que tudo se intensifica, pela geografia da cidade, pela animação dos turistas e demais moradores.
Tudo muito bom, até a página 2, não é mesmo? Para quem precisa trabalhar, enfrentar coletivos sem ar e com coleguinhas suados, o verão é uó. Outro dia peguei um vagão do metrô que simplesmente não tinha ar condicionado. Estava mais agradável do lado de fora do que dentro da composição. Mas esse primeiro post sobre o verão (ahhh, o verão...) é para contar uma situação dentro de um ônibus, a uma semana do Natal.
Tinha um evento marcado para o sábado dia 17 de dezembro, um dos dias mais quentes do mês. Só que o evento era na hora do almoço (duplicamos ou talvez possamos triplicar o calor). Mas não era só isso. Era um dos primeiros fins de semana com Sol depois de tanta chuva aos sábados e domingos. E ainda estávamos a uma semana do Natal. Resultado: calor, muita gente na rua comprando presentes, muitos querendo ir à praia para aproveitar o dia. E eu só querendo chegar ao meu evento.
Era um churrasco no Alto da Boa Vista. Da Tijuca, onde peguei o ônibus, só há 3 linhas que passam por lá. E como demoram a passam. Fui obrigada a pegar o primeiro ônibus, ou me atrasaria. Peguei justamente a linha que vai pela praia da Barra. Conclusão? Coletivo cheio, muito calor e subindo a 20km/h.
Eu parecia uma chaleira. Acho que naquele dia todos os meus poros resolveram funcionar e liberar suor. Como estava quente. E cheio. E a cada ponto que o motorista parava, subia mais gente rumo à praia. E como aquilo me irritava. Com o peso, o ônibus praticamente subiu se arrastando. Acho que de primeira marcha.
Em determinado ponto, subiu uma senhora com os dois netos, que conseguiram se "acomodar" atrás de mim (estava no banco antes da porta especial para cadeirantes). E eles resolveram "narrar" a viagem inteira. Justo, afinal, criança precisa de distração. Mas aos berros no meu ouvido?
Era um tal de "'Alá' a casa grande!", "'Alá' as 'jaca' grandona!" e "Sabia que se o ônibus cair no barranco ele explode?", que foi o entretemimento da viagem. E isso tudo porque ainda nem era verão. Imagino o que ainda virá pela frente.