Como diz minha mãe, há gente que tem um parafuso lá. Não consegue ficar parada. Hiperatividade, TOC, pós-modernidade... whatever, no coletivo cheio não dá para ficar se mexendo. E sabe o porquê? Porque atrapalha o coleguinha que está ao redor.
Estava no elevador (sim, também é um transporte coletivo, como não?) e uma pessoa entrou com uma mochila nas costas. Sem qualquer noção de espaço, começou a mover-se e, óbvio, a esbarrar nos outros ao redor. O que fazer nesta hora? Lancei um olhar do tipo "dá-pra-ficar-quieto-coisa-ruim?!", mas a pessoa não se tocou. O pior é quando entram várias conversando e gesticulando. Pouco se importam se estão esbarrando nos outros com suas bolsas, pastas e afins.
Isso acontece porque as pessoas acham que a mochila, a bolsa, a pasta são extensões do corpo. Alou!! Não são! Esses penduricalhos incomodam. Quando vejo aquelas mulheres parecendo cabideiros cheios de bolsas começo a pensar: "vai esbarrar em alguém". O pior é quando a pessoa além de carregar trezentas e setenta e cinco bolsas ainda está acima do peso. Fato que vai encostar no colega transitório.
Algumas mulheres esquecem também da cabeleira e jogam o cabelo na face dos outros (isso já deu até confusão no metrô, segundo uma senhorinha que me contou uma história peculiar, que reproduzirei em outro post), fazendo-os a comer cabelo ou a coçar o nariz. Em outro momento de elevador, uma mulher entrou por último no espaço lotado e ficava balançando a cabeça pra esquerda e para direita, como se estivesse assistindo a uma partida de tênis. A sortuda atrás era eu, que pensava, "porque raios esta criatura está se mexendo assim?".
Então, aproveitando que o Dia das Crianças está chegando, gostaria de lembrar uma brincadeira que pode funcionar muito bem nos coletivos cheios, a da estátua. Porque importunar os outros não é brincadeira!
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