"Polvilho é 50, batata de real"
Está é uma das muitas propagandas ouvidas nos trens do Rio de janeiro. Há mais ou menos 4 meses fiz a primeira viagem de trem de minha vida. Era de manhã e meu trajeto partia de Duque de Caxias com destino à Central do Brasil. fazia calor e só havia lugar ao Sol. Quer dizer, do outro lado não havia incidência de Sol e até havia vaga, mas ficaria espremida entre outros passageiros. Também havia a opções de trocar de vagão, mas, marinheira de primeira viagem, fiquei tímida em desfilar pelas composições, afinal, poderia cair, esbarrar em um dos milhares de vendedores, ou simplesmente ficar sendo observada por desconhecidos.
Voltando aos ambulantes, eles conseguem fazer a festa de qualquer consumidor. Vendem de tudo. E às vezes vários fazem isso ao mesmo tempo, como aconteceu nessa minha primeira viagem. Pele, barrão de chocolate, caixa de bombons, biscoito salgado, biscoito doce, batata-frita, balas, xuxinha, xuxão, bolsinhas, protetor de Riocard, DVD do artista tal, caneta, chaveiro, além da "Coca, cerveja, água geladinha". Um verdadeiro shopping sobre trilhos.
Imagino que deva ser um negócio lucrativo, ao contrário não haveria tantos "empreendedores" do varejo gastando o gogó (gritando, cantando) e os chinelos em suas idas e vindas, pulando de trem em trem e mudanndo de estações.
Do susto da primeira viagem, hoje uma "habituée" dos trens, os vendedores não me incomodam mais quando tento estudar ou apenas desconsar com os olhos fechados. Até porque cada viagem é uma novidade. A publicidade citada no início deste texto foi feita por um vendedor na viagem na qual esta publicação foi escrita. Porque andar de trem pode render bons resultados. Para este blog e para os ambulantes.
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